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E a respeito da religião, propriamente dita, qual a palavra Teosófica? O que dizem dos grandes Instrutores, fundadores de Religião? O que diz do Cristo, tão especialmente caro ao nosso mundo ocidental?
Que eles formam uma ininterrupta cadeia de grandes Seres, cujo início se perde na noite dos tempos e cujo fim mergulha em um futuro sem limites – todos eles agindo, trabalhando, pela palavra que é Verbo realizador, pelo exemplo que é ação, força e poder; pela renúncia e pelo sacrifício, nos moldes de um plano único, em que se consideram todas as raças, de todos os lugares e de todos os tempos, segundo as suas necessidades, ou melhor, segundo o seu papel a desempenhar no plano de Deus.
Com efeito, partindo de um esquema de evolução solar (que a falta absoluta de tempo e mesmo de oportunidade não me permitem apresentar) em síntese, temos, segundo o ensinamento teosófico, que os planetas de cadeia a que pertencemos, juntamente com Mercúrio e Vênus, são visitados pela onda de vida divina em sete rondas, de sete raças – raízes cada uma. Pelo ensinamento teosófico, estamos um pouco para além do meio da 4a. ronda, isto é, na 5a. sub-raça (a teutônica: escandinavos, holandeses, alemães. ingleses e seus descendentes) da 4a. raça raiz – a raça ariana. E mais, essa raça foi precedida pela raça- atlante que viveu – na Atlântida – continente hoje já desaparecido, porém de cuja existência, assinalada por Platão, há provas referente científicas, mesmo pondo-se de parte as minuciosas informações contidas nos documentos Secretos dos Templos Iniciáticos e mais, o minucioso estudo a que pode ser submetido pela clarividência de certos discípulos Iniciados que lhes permite ler os arquivos akashicos, tornando-se o passado num livro verdadeiramente aberto.
O mesmo poderia ser dito para a raça Lemuriana – que habitou a Lemúria, continente de que a Austrália ainda é hoje representante, na imensidade do Oceano Pacífico. Seria esta, então, a 3a. raça- raiz, que ainda hoje se representa entre nós -pelos negros, como a raça atlante, pelos peles vermelhas americanos, aztecas e toltecas , chineses e japoneses e mais alguns povos.
Pois bem, para a evolução dessas raças, ou antes para a supervisão dessa extraordinária evolução sobre a terra, um **Governo Oculto existe, por intermédio de uma Hierarquia de Grandes Seres – Assim:
O Senhor do Mundo – Chefe da Hierarquia que regula e ordena tudo que diz respeito aos acontecimentos do nosso globo. Em consequência, tudo se registra e Ele tudo sabe, prevê e provê. Não é um ser de nossa evolução terrena que haja pois pertencido à nossa humanidade.
Diz-se ser um luminoso e poderoso Ser que atingiu o pináculo de sua evolução em Vênus e que se acha encarregado da evolução da nossa Terra, há alguns milhões de anos, desde quando começou a humanidade em nosso planeta.
A tradição Hindu o chama de Sanat Kumara – Além de, ao seu redor, operarem os chamados Senhores do Karma ou Governadores dos Elementos, poderosíssimos seres que superintendem a aplicação da Lei da Justiça. de Causa e Efeito ou Lei do Karma, estão com ele, o Senhor do Mundo, três Discípulos e auxiliares que vieram também de Vênus – que a tradição Hindu chama: Sanandana, Sanaka e Sanatana – Esses quatro gloriosos seres são comumente denominados: “Os Senhores da Chama”.
Acham-se esses seres no ápice da chamada “Grande Fraternidade Branca”, a qual opera no mundo, utilizando – em plenitude- as energias vitais do Logos Solar.
Logo abaixo, vêm os seres chamados Buddhas. Representam a mais alta possibilidade de evolução – na Terra – a suprema iniciação – Daí, para frente, saindo do sistema da nossa evolução planetária. Essa iniciação, de Budha, de Iluminado, recebe-a o Grande Instrutor do Mundo.
O Bodhisattva – como coroamento ao seu imenso trabalho na Terra – por largos milênios. Paralelamente, a esse estado hierárquico- em outros raios de evolução, há os Manús das raças encarregados do seu desenvolvimento físico e os chamados Mahachoan, seres estes que desempenham atividades especiais nos processos evolutivos da Terra.
Abaixo desses seres, vêm os Mestres da Sabedoria, que os Hindus chamam de Choam, Asekas ou Mahatmas. Para termos uma ideia do adiantamento e da evolução destes últimos, baixa meditarmos quem que estão tão à nossa frente, certamente, quanto nós estamos de um animal, que chama irracional.
Christo – nessa hierarquia é – o Grande Instrutor do Mundo – Mestre dos Mestres – o chamado Sr. Maitreya. Tem a seu cargo tudo que diz respeito à instrução espiritual da humanidade, através da religião, da filosofia e da ciência.
Recolhe em seu seio amantíssimo as vibrações de fé dos crentes e adeptos de todas as religiões, correspondendo-lhes ao apelo, ao mesmo tempo que inspira e dirige todas as formas de manifestação dos puros ideais da raça humana. e impulsiona para a realização do bem estar social, da paz e da felicidade, todos os homens de boa vontade. Como Cristo, havendo realizado a grande caminhada, transposto todos os umbrais da iniciação conhecido todos os percalços e todas as vitórias, sua alma, cheia de Infinita Compaixão, se entrega ao bem da sua humanidade, que ele progressivamente vai elevando – a glorioso destino momentâneo, aqui no budista, noutra parte, naquela outra, no cristão ortodoxo ou livre, vibra por toda a parte a consciência do Cristo, irmanando as criaturas, levando-as, conduzindo-as ao aprisco do Senhor.
Zoroastro na Pérsia, vibrando a nota da Pureza, o Príncipe Sidharta – Gautama Buda, enaltecendo o valor do conhecimento justo, Krishna vivificando o ensinamento dos Rishis consagrado nos Vedas e ensinando outros caminhos para a espiritualidade, Jesus exemplificando a renúncia e o sacrifício deixando que seu sangue marcasse para a posteridade o início de um novo ciclo para a civilização do homens, o silentos dos claustros medievais, onde se abrigaram a cultura e o idealismo cristão, para, transfundidos pelo Renascimento, ressurgirem mais ricos e estuantes de vida nos tempos modernos, tudo isso não será mais do que a expressão irrefutável, viva, extraordinária da ação da “Grande Fraternidade Branca” dos Mestres e Mestres de Mestres, entre os quais fulgura a excelsa personalidade do Cristo – Ele, à luz do ensinamento teosófico, é pois, não há dúvida, Deus e homem, mesmo porque acentua ensinamento teosófico a palavra contida nos Salmos: “Vós sois Deuses”
E Cristo realizou essa suprema comunhão com o Eterno: “Eu e o Pai somos um”.
Resta-nos agora, irmãos e irmãs, aprendermos essa doce e suave comunhão com o Cristo.
Esforcemo-nos, pois, para realizar em nossos corações a expansão e o brilho do princípio crístico que nele mora, Assim, viveremos, em plena felicidade essa comunhão com o Eterno essa doce e suave comunhão com Cristo.
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Artigo 5/6. A sequência será publicada na próxima semana.
* Parte da série de seis textos de um manuscrito sobre a Teosofia que integra o Acervo do General Uchôa, escrito pelo próprio General.
** Importante salientar que aqui o termo “Governo Oculto” não foi utilizado em sua popular conotação de um grupo de espíritos “do mal”, mas sim em relação a espíritos de luz que estão na liderança por sua alta hierarquia e energia amorosa na condução do Planeta Terra.
Leia as partes anteriores:
1 – O que é Teosofia?
2 – Existem sete planos que se ajustam e interpenetram
3 – A via que leva ao governo das forças cósmicas
4 – A Teosofia foge ao dilema: espírito ou matéria