Quando a espiritualidade não é epicentro, a árvore de Natal é só um bando de penduricalho, a ceia é só uma comilança de quem não sabe viver com suficiência.
Queremos que o espirito Natalino resolva todas as nossas tretas. Que os votos de Ano Novo tragam saúde, paz, prosperidade. Ai a pessoa pede para desencalhar, entrega despacho para Iemanjá, usa calcinha azul, amarela, vermelha, faz tudo!
E começamos a gerar dentro um sentimento de “Esta merda não tem sentido”. É tão simples quanto isso! Você quer o novo, mas não consegue se renovar, e entra em colapso. Percebe que as celebrações perderam o sentido simbólico e se limitam de fato a mais um feriado. Tentamos desesperadamente resolver entre o natal e o ano novo aquilo que negligenciamos entre o ano novo e o natal.
Ano passado fiz algo que há muito tempo eu queria: passei o ano novo sozinho dentro de casa. Às vezes a desconexão nos leva a conexão. E convidei a egrégora do Círculo para passar comigo.
Dormi cedo, e na manhã seguinte lembrei que Olímpia, uma pessoa de nossa equipe espiritual, me dizia: “Agora é importante que você fique bem, lembre-se que estamos sempre com você, porque nesse ano temos muito trabalho e precisamos chegar em muitas pessoas. Siga firme!”
Sabe o que aconteceu? Esse foi um dos anos mais incríveis dos últimos anos.
Quando a espiritualidade não é epicentro da nossa vida e não reorganiza o nosso ser, a árvore de Natal é só um bando de pinduricalho que pisca, a ceia é só uma comilança de quem não sabe viver com suficiência. E a pessoa ainda quer ter uma noite feliz. É treta!
Nos entorpecemos com as distrações de cumprir uma agenda de ritualismos que nos conectam do nada a coisa nenhum. Perdemos o significado. E também não estou falando para você virar aquele coroinha chato que quer puxar o Pai Nosso na ceia com todo mundo bêbado.
Celebrações como essas não poderiam ser ritualísticas da boca pra fora.
E a crise do Ano Novo é pior que o natal, porque vem a cobrança do modelo de sucesso da sociedade. O cara tem que ter o carro, casa, estar bem vestido, falar oito idiomas….só que ninguém dá conta de ser tudo.
Pessoas extraordinárias são singulares! Não existem formulas para seguir.
O conhecimento acontece dentro de você e emerge a partir de quem você é, e não a partir de quem você gostaria de ser ou o que outro diz que você é. A sua referência de realização precisa estar em você e não fora! Talvez seja bom se desconectar daquilo que você sempre faz.
Enfim, precisamos reencontrar o que tem valor para nós. E o que tem valor não é o que tem preço. Qualidade é mais importante que quantidade.
Abraço forte!
Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!
Juliano Pozati
Atenção para o Aulão neste sábado, 19/12, das 9h às 11h, último do ano. Vamos falar sobre Caminhos para resolução de conflitos, e vamos ver:
- Comportamentos da humanidade ao longo da historia;
- Pesquisa sobre perfis comportamentais;
- Ciclo de respostas traumáticas, que muitas vezes damos sem perceber.
- Uma ferramenta de coaching com três passos para resolução de conflitos.
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