Em vez de exigir o que você acha que o universo tem que te dar, a cidadania espiritual te faz agir de acordo com aquilo que você precisa dar ao universo.
Nosso habitat natural é o espirito, portanto, a sintonia é um caminho no qual acessamos essa realidade, essa atmosfera originária de cada um de nós, e restauramos nosso senso de direção. Revemos a pauta de nossas prioridades, assumimos nossos talentos, porque assim deixaremos nossa marca no tempo. Mas qual o melhor caminho para realizar essa imersão espiritual?
Antes de falar de caminho, preciso falar de clareza.
Toda vez que você se propõe a realizar alguma coisa, passa por um fluxo de alguns C’s. Primeiro você precisa ter Clareza de onde quer chegar, daí você traça um Caminho. Depois, vem o Caminhar em si. E a Constância, um passo após o outro. E então, mais alguns C’s por minha conta: Consistência e Coerência ao longo do tempo, tudo para chegar à Conquista.
A clareza vem da Cidadania Espiritual Exoconsciente. E hoje trago uma psicografia do General Uchôa que foi publicada no livro Planos Espirituais ou Universos Paralelos, do Dr. Paulo Cesar Frutuoso. Na época, o Dr. Paulo me convidou a fazer o prefácio do seu livro. Comecei a maturar o pedido e em um dia de sintonia recebi essa psicografia do General. Mandei meu prefácio ao Dr. Paulo, mas também a psicografia, que acabou sendo publicada junto.
Psicografia de 7 de junho de 2019
Permita-me, antes de tudo, desculpar-me pela intromissão, quase que indevida, no fluxo dos trabalhos de nosso irmão. Mas devo dizer que, aqui, somos todos admiradores da coragem sensível que Dr. Paulo tem demonstrado no trato das realidades maiores da vida e do ser, sobre as quais tem dado grande publicidade.
Ações munidas de tal coragem – forte em vigor e sensível em mediunidade – serão, em futuro breve, pontos de apoio à reflexão imposta à mente científica deste século, provocando em nossos cientistas reações análogas em ressonância que causarão grandes transformações em breve.
O que temos explicado aos companheiros com quem cooperamos mais proximamente é que a natureza humana, em seu aspecto multidimensional, manifesta-se e expressa-se simultaneamente em diversas dimensões, por assim dizer. O que ancora as nossas percepções a uma realidade especifica é o nosso foco consciencial. Se aqui estamos orientando nossos sentidos físicos para as páginas deste livro, nosso foco consciencial está no momento e realidade presentes, no ato de ver e compreender, no ato de ler racionalmente, pois somos seres inteligentes. Mas, se por ventura, os conteúdos transmitidos por este livro nos alcançarem voos mentais mais altos e, por um instante, fecharmos nossos olhos físicos para a realidade em que nos contemos, seremos capazes de mudar nosso foco consciencial, abrindo-nos a outras modalidades de percepção sensorial que nos levarão a experimentar a sintonia com essas outras realidades, onde também podemos exercer a nossa cidadania espiritual desde já, pois o que ligamos na Terra é ligado no Céu, já que, o que está acima, é como o que está embaixo, e o que está embaixo, é como o que está acima.
É desta forma que vemos transportadas pequenas conquistas morais acumuladas na Terra para a expressão de autoridade espiritual em trabalhos transdimensionais de suporte e libertação de consciências ainda presas às densidades indesejáveis no caminho ascensional.
Assim, o presente trabalho é, sem dúvidas, uma contribuição importante para que o plano mental dos trabalhadores do novo mundo assimile os conhecimentos da realidade à qual são chamados a exercer o seu protagonismo, aderindo dia a dia, em infinita progressão, aos valores do Evangelho do Cristo, nosso fiel modelo de perfeição. “O meu Reino não é deste mundo”, nos disse afinal.
Avancemos sempre pois o infinito que não nos aguarda, pois que já o é, quer habitar em nós com pujança de expressão no cósmico movimento do amor.
General Alfredo Moacir de Mendonça Uchôa
Eu acredito que a espiritualidade está gerando revoluções e sementes que vão implodindo o paradigma atual para um novo. Mas é uma implosão, de dentro para fora.
Quando se fala em cidadania espiritual, significa termos a noção dos nossos direitos e deveres, da atitude que temos a partir da compressão de que somos, em essência, seres espirituais.
Não faço as coisas por fazer. Deixo que esses valores reverberem em atitudes na minha vida. E isso está para muito além de ficar batendo o pé e achando que o universo tem que me atender. É muito mais do que bater de frente com certas situações de vida. Significa, na verdade, parar de exigir o que acho que o universo tem que me dar, e passar a agir de acordo com aquilo que entendo que eu preciso dar ao universo.
Quando se trata de cidadania espiritual, a matemática da vida é diferente. Aquele que dá sempre tem mais do que aquele que deu. Aquele que divide, multiplica. Essa é a verdade fraternidade, quando quem sabe mais colabora com quem sabe menos.
E o que traz autoridade espiritual como força de realização?
Atitudes de forma constante, consistente e coerente. E isso tem mais a ver com a nossa capacidade de dar do que de receber. O General fala que é preciso ter clareza da dimensão original, de que o plano mental dá forma à nossa realidade para que possamos exercer o protagonismo. Que nenhuma voz ou acuação seja capaz de roubar de nós o direito de contribuir.
Quando falamos de criar atmosferas de sintonia, é disso que estamos falando, é da expressão de que não somos desse mundo, de que o reino do nosso mestre não é desse mundo. Portanto, não observamos a partir do prisma limitado de nossa experiência sensorial física e grosseira. Compreendemos que a observação dessa realidade precisa passar pelo que somos em essência. E que é preciso transportar essa essência para nossa vida todos os dias com atitudes.
Isso vai desenvolver nossa autoridade e cidadania espiritual. E garantir que realizemos nosso primeiro direito, o de colaborar.
Abraço grande,
Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!
Juliano Pozati
Este artigo complementa o conceito de cidadania espiritual: O Caminho da autocura passa pela noção de unidade