Realizar a semente de possibilidades que tem dentro de você é o que vai te fazer feliz.
Vale a pena realizar algo a qualquer custo? Eu acredito que o melhor é realizar de boa e no fluxo. Somos seres humanos em obras, em constante evolução. E não há problema em atingir um novo patamar de consciência e rever algumas posições e comportamentos. Não é rejeitar ou condenar a forma como se pensava antes. Mas algumas coisas são típicas de uma fase da vida e não vão funcionar em outra.
Como no exemplo do cara que utilizou uma canoa para atravessar um rio, e depois segue carregando o barquinho nas costas, subindo montanhas. A canoa não tem mais utilidade e só dificulta a subida, mas ele fica apegado à importância que o objeto teve lá atrás, quando precisou atravessar o rio, e acha que não pode largar, mesmo que agora não faça mais nenhum sentido para sua trajetória.
Precisamos aprender a largar “as canoas”. No Círculo fazemos isso como empresa porque também fazemos como pessoas. E foi assim que chegamos ao nosso objetivo com os alunos:
Colaboramos para que as pessoas realizem seu potencial, de boa e no fluxo.
Percebemos que um dos maiores medos humanos é não realizar. E dentro do fluxo: Penso>Sou> Realizo>Tenho, a realização é o ápice da expressão humana. Tudo que dói é uma pauta esperando a sua decisão e esforço de realizar.
Mas, às vezes, quando se fala em realizar o potencial queremos ir logo para TER e, de preferência, com o menor esforço possível. A gente inverte o fluxo. O primeiro ponto é o pensar, por isso no Círculo somos fanáticos pelo conhecimento.
O realizar não pode ser a qualquer custo. O que significa realizar de boa e no fluxo?
Isso vem como resposta a uma demanda moderna. Cada vez mais os produtos, serviços e profissões valorizadas serão os mentais. O “de boa” atende a essa sociedade que está demandando mais habilidades mentais, mas que, por incrível que pareça, está cada dia mais doente justamente onde? Na mente. Síndromes, stress, depressão, ansiedade, suicídio…
E na ausência de um sentido de compreender a dor a pessoa vai direto para o TER. Quer um remédio para aliviar a dor imediatamente. Temos que largar uma série de paradigmas para avançar para o novo. E, muitas vezes, quando começa a expansão da consciência as coisas pioram e a pessoa dá uma pirada.
É preciso aprender a realizar nosso potencial com serenidade.
O filósofo estoico da antiga Roma, Epíteto, diz que serenidade é um indicador de evolução espiritual. Porque o conhecimento nos coloca em um patamar que a gente busca a harmonia.
Começamos a pautar as decisões pelo conhecimento e não pelo medo. Liberdade e conhecimento se retroalimentam. Isso nos coloca num caminho de escolher a felicidade como estilo de vida, como um caminho, e não como um destino.
Felicidade é uma escolha. Está no pensar e no ser. Enquanto a sua felicidade estiver atrelada a coisas e pessoas, você vai ser um infeliz crônico. Quando a gente começa a ficar filosoficamente autônomo, começa a responder a esse senso de responsabilidade. E não exigir que o outro responda às suas demandas.
A chave da realização é a consistência ao longo do tempo. Eu escolho estar de boa. E porque escolho, entro no fluxo. No fluxo significa estar sincronicamente empoderado pela consciência do seu propósito. Todo o Universo começa a dar sinais, dicas do caminho certo.
Se estamos no fluxo o foco vira um centro de gravidade que atrai tudo que está no nosso caminho. Quando falamos em “chave de compreensão” é um jeito de pensar que ajuda a compreender você e a vida e assumir a sua singularidade. E porque eu sou, descubro todo o poder necessário para realizar.
Quando você descobre quem é, o ter passa a ser uma possibilidade transitória que serve o ser. O que você tem deve estar a serviço do ser. Se eu possuo uma coisa que não contribui para meu ser, não adianta nada. A meta da nossa existência é ser e realizar.
Abraço grande,
Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!
Juliano Pozati
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