Calma! Respira! Eu entendo que todo processo de despertar de consciência causa um turbilhão de emoções, sensações, pensamentos e atitudes. Por anos aquela ideia de que “algo precisa mudar” pairou sobre nossas cabeças, num ruído quase ensurdecedor que, por vezes, nos tirou não só do centro, mas de todos os cantos possíveis. Naquela época era o universo juntando forças para te tirar da inércia e te jogar pra fora do furacão, porém agora são outros tempos.
Nesse novo patamar que você se encontra, são outros desafios, não é verdade? Claro que cada indivíduo possui seus próprios obstáculos, curas e trajetória, e, por essa singularidade, já é possível ter noção do que vou afirmar: o seu caminho da brisa ao foco também é único criatura!
Mas que diacho de caminho da brisa ao foco o Gus tá falando?, perguntaria aquele leitor estudioso e interessado que chegou até aqui e conhece seus talentos naturais.
Vou explicar como eu enxergo todo esse processo: aquelas vozes que pairam em sua cabeça, que você desconfia não serem suas, que muitas vezes causam tanta estranheza e colocam em xeque sua sanidade mental, são, na verdade, uma mistura de manifestações que se afinizam, vibratoriamente, com você. São basicamente você, pois a porção de energia divina a qual o Todo lhe presenteou está sob sua responsabilidade. Logo, tudo que acontece com você, desde o campo mais sutil de sua consciência até a matéria densa de seu corpo físico, está intimamente ligado às suas escolhas, dessa vida e de toda sua existência pregressa (e futura também, por que não? Mas isso é papo para um outro capítulo).
A etapa de brisa é quando eu e você nos deparamos com uma quantidade imensa de informações, vindas de todas as partes, inclusive de nossa intuição, e não sabemos muito o que fazer com elas. Aquela excitação causa, entre outros sintomas, sensações que vão da euforia à depressão, da calmaria de Buda à agitação do Pozati (fui obrigado a fazer bullying nessa hora) e literalmente transformam nossa jornada na Montanha-Russa do Autoconhecimento.
Nesse meio de caminho surgem diversas manifestações caricatas, como o “espiritualista bêbado”, o “papa-vídeo/papa-live” entre outros. E vou contar um segredo bem íntimo: você não está sozinho, todos passam por isso, sem exceção.
Não fomos treinados mentalmente para levar os processos de descoberta com leveza e naturalidade. Ainda somos poucos os corajosos a ponto de enfrentar nossas sombras para viver uma realidade concreta, de assumirmos nossa identidade para viver uma vida de realização.
“Ufa Gus… Realmente me encontrei nessas palavras, mas e agora? Como chego no Foco, no Flow, como eu encontro meu pertencimento?” Pergunta difícil de responder em algumas linhas, mas vou contribuir com alguns insights:
- Não desista de você mesmo – A caminhada é dura, cansativa, por vezes beira o insuportável, mas como dizia Chico Xavier: isso também passa. Siga a vida, siga sua jornada, tudo vai dar certo.
- Prolongue seu tempo de decisão ao máximo – Mas isso não quer dizer que você ficará parado esperando que as coisas aconteçam, não, muito pelo contrário. Muitas vezes agimos com impulsividade, numa ânsia de querer “acabar logo com o problema”. Quase sempre, e advogo muito em causa própria, quando tentamos encurtar o caminho, as consequências são piores do que o problema em si. Na hora que for tomar uma decisão dentro de um momento de instabilidade, de angústia, pense novamente e, se precisar, peça ajuda. Mentalmente informe ao universo e a toda egrégora que te acompanha: EU PRECISO DE AJUDA. Você nunca está sozinho, nunca mesmo!
De resto, costumo falar que a caminhada nunca terá um final clássico, daqueles de filme da Disney, onde impera uma estabilidade quase estelar, pois todo dia é o início de uma nova etapa, com possibilidades infinitas de realização e de alegria por estar vivo e por manifestar sua essência. Siga em frente.
Um abraço forte!
Gus