Juliano Pozati, fundador do Círculo, responde:
O círculo é uma forma sagrada dentro da geometria porque é composto de múltiplos pontos de vista que estão equidistantes de um centro. Quando a gente desenha um círculo perfeito com um compasso, por exemplo, e tira o compasso, tudo que se pode ver é o círculo, o centro já não está mais visível, mas há um centro que reorienta, que estabelece o equilíbrio e a harmonia da disposição de cada ponto que está no seu devido lugar. Nenhum ponto ocupa o lugar do outro.
O meu lugar é só meu e o seu lugar é só seu.
E o conhecimento mais amplo da verdade surge quando desenvolvemos, dentro do nosso interior, o respeito e o desejo de integração a partir da integração de múltiplos pontos de vista e experiências.
O filósofo e escritor brasileiro Leonardo Boff diria “cada ponto de vista é a vista de um ponto”. Todo leitor de um livro também é coautor, porque ninguém interpreta aquela obra como você interpreta. E quando falamos de igualdade precisamos conjugar junto com a palavra diferença. Com respeito às diferenças e a integração delas, para que assim a existência de todos seja enriquecida.
Dentro do Círculo entendemos que o conhecimento é uma experiência com a verdade.
E a verdade é uma experiência, em última análise, com o amor que nos une e que nos leva ao bem. Quanto mais passeamos pelas diferentes escolas de sabedoria humana, percebemos que essa verdade está fragmentada a partir de diversos pontos de vista. E o respeito, a admiração e a reverência a essas escolas de saber é o que faz de nós, o Círculo, uma escola filosófica. Buscamos sabedoria onde quer que ela esteja.
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