Na aula 33 do curso aberto Nosso Lar segundo Hermetismo, nosso protagonista, André Luiz aprende uma grande lição sobre a importância do descanso. Ele resiste um pouco quando recebe um convite para apreciar um concerto, pois já está muito conectado com seu trabalho na cidade espiritual. Eis que seu amigo, Lísias, chama atenção para a importância de recarregar as energias.
Aqui na Terra muita gente vive isso, ama tanto o que faz, que esquece de descansar. Eu já vivi. Mas, por mais que você seja apaixonado pelos seus projetos e pelo seu trabalho, ainda assim, são só isso: projetos e trabalhos. E, cá entre nós, a vida é mais do que cumprir tarefas ou acumular funções.
A síndrome de burnout, tão falada atualmente, nem sempre vem de trabalhar demais, mas também do peso de um monte de papéis acumulados. Pai, mãe, profissional, amigo, servidor espiritualista, capricorniano com ascendente em áries (e seja lá quantos mais papéis você tiver aí), tudo isso se soma e, no fim das contas, a gente se esquece de cuidar de um papel fundamental: o de ser quem nós somos de verdade.
Dizem por aí que é preciso abraçar a criança interior. Tá bom, mas o que isso quer dizer, na prática? Onde ela tá? Como é que eu encontro essa criança? O ponto é simples: dentro de cada um de nós existe uma versão nossa original, antes de todos esses rótulos. Um eu sem filtro, sem função e sem obrigação, um você mais verdadeiro.
Lembra do que você gostava de fazer quando era criança? Algo que não era pra ter propósito de vida, não era pra ganhar dinheiro, não era pra ser postado no Instagram. Era só pra ser divertido. Isso é abraçar sua essência: é lembrar do que faz sua alma vibrar sem compromisso com nada.
Então, que tal dar um tempo de todos esses papéis? Relaxar um pouco, sem se preocupar com produtividade. Não tô falando pra você virar monge ou passar o dia em meditação transcendental. Às vezes, só o fato de sentar e pintar um desenho, escrever um texto que não vai ser publicado, jogar uma partida de xadrez ou de cartas, esticar-se num parque feito um lagarto na grama, isso já basta. Fazer alguma coisa que não dá retorno, não vira dinheiro, não gera produção. Algo que é só por você e pra você.
Pode parecer loucura, mas o fazer por fazer é um tipo de descanso. Quem nunca para pra contemplar, falha na ação. Então, invista tempo em você. Sem pressão. Sente-se, desenhe, brinque, construa um castelo de cartas. Afinal, se a gente não recarrega a energia do nosso eu original, todos os outros papéis começam a pesar. E, aí sim, o burnout é quase certo.
Se dê permissão para ser inútil, sem pressa e sem expectativas. Isso é cuidar da sua essência e é só aí que você vai ter energia para dar conta de todo o resto.
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