Quem vai construir a nova Terra? Como serão as relações de emprego, dinheiro, trabalho?
Quem está passando pelo processo de expansão da consciência e mais profundo de autoconhecimento e percepção provavelmente já esbarrou no documentário Data Limite, segundo Chico Xavier, ou algum livro que fala sobre esse novo momento de Transição Planetária, que descortina um mundo novo. Existe um movimento e uma efervescência apontado para isso. Na época que fiz o documentário Data Limite tinha muitas teorias até de intervenção alienígena…mas ideia nunca foi essa.
A questão é que não entendemos ainda que as coisas não acontecem do dia para noite. Gerou-se uma expectativa de que depois da Data Limite seria tudo lindo. Mas a natureza não dá saltos. A evolução é consistência, coerência, consciência e construção ao logo do tempo.
Criamos muitas expectativas e o que chegou? Coronavírus!
Mas o que falta na verdade é perceber que a evolução vai dando dicas.
Recentemente, eu estava lendo uma matéria que saiu na Revista Consumidor Moderno, em que a futurista Jaqueline Weigel, CEO da W Futurismo, traz tendências que prometem ganhar força nos próximos anos. E olhando para elas vejo que como diz aquela expressão: “O gato subiu no telhado”. Na verdade, todo mundo está sendo chamado para o telhado.
O futuro começa a se revelar por meio de pistas do presente. Trago aqui dez dessas tendências para tecer meus comentários:
- CIDADANIA PLANETÁRIA
Como podemos pensar em exopolitica? Vimos a criação de uma força militar para o espaço. Cada vez mais planeta está se voltando para fora. Mas como fazer isso antes de começara entender de que somos cidadãos do planeta? Começamos a perceber que existem necessidades que são iguais a todos. E o pensar global para ter atitudes locais.
- SOCIAL SHAME
Aqui Jaqueline fala em coisas como “Consumir em excesso, comprar sem checar a origem, trabalhar demais, fumar, beber e dirigir e usar plástico estão entre os comportamentos considerados hoje cafonas”. Comportamentos que viram vergonha coletiva e começa a uma pressão para adequarmos o comportamento o que é mais sustentável. Os consumidores vão se reunindo em tribos o que torna esses negócios possíveis.
- LONGEVIDADE
Veremos cada vez mais a automatização do trabalho mais rude e a migração para trabalhos mais intelectuais. Já estamos vendo tantas coisas como o estudo de vacina contra o câncer. Temos epigenética e o estudo do DNA. Cada vez mais percebemos que temos de estar preparados para o crescimento da população idosa.
- PÓS-HUMANIZAÇÃO
Eu me apaixonei por essa tendência e vejo muito do trabalho do Circulo aqui. Ela diz: “O novo ser do planeta transcende e não aceita mais o que chamávamos de ‘normal’. Ele é questionador, integrativo, informado, holístico.”.
São os livres pensadores espiritualizados. Livre porque o conhecimento liberta. Pensador porque sua noção de razão estará ligada a inteligência. Espiritualizado porque vai transcender os limites do corpo físico e vai perceber que seu Eu veio do plano espiritual. Vamos sair uma vida de excessos para o uma vida mais simples, minimalista.
- HIPERECOLOGIA
“A degradação do planeta é real, tangível, e o consumidor está finalmente percebendo as consequências disso”. Veremos cada vez mais a parceria entre concorrentes que vão precisar juntar forças e prol da sustentabilidade e conservação do planeta.
- HIPERPERSONALIZAÇÃO
Cada vez mais as ofertas serão personalizadas. E isso apesar de ser, aparentemente, uma tendências apenas de consumo ou marketing, é também de pensamento, pois somos seres únicos. Vamos cada vez mais não aceitar aquilo que é igual para todos. Estamos nos descobrindo como seres únicos e vamos valorizar o que temos de bom dentro de nós, que é único e exclusivo. E vamos perceber que não damos conta de ser tudo para todos. Nossas diferenças são uma vantagem.
- ÉTICA DIGITAL
Cada vez mais temos uma super capacidade computacional. Sem ética digital ninguém pode prever o tamanho dos problemas, por isso a ética tem que permear a gestão digital.
- A REINVENÇÃO DA NARRATIVA SOBRE O AFETO
Nós próximos anos a nossa atenção deve se voltar para como a gente vai se expressar e retratar o amor e o afeto. Cada vez mais vamos perceber que as cores do arco-íris dos relacionamentos são formas de expressão do mesmo amor. Sonho que essas bandeiras hoje necessárias não precisem mais existir. Que sejamos cada vez mais seres humanos que amem seres humanos.
- PRESSÃO SUSTENTAVEL
A matéria destaca três conquistas que são marcos no processo evolutivo: 2008, quando a Tesla lançou o Roadster, um carro elétrico e ecológico; 2016, quando a Adidas firmou parceria com a Parley for the Oceans para produzir uma linha de tênis feita de plástico oceânico reciclado e no mesmo ano a Momofuku Nishi, de Nova York, criando o “Impossible Burger”, primeira carne vegetal.
- INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Essa é uma tendências que me chama atenção e ao mesmo tempo me desperta preocupação. Cada vez mais será normal construir relacionamento com maquinas. Não é apenas uma questão de ressignificar as relações no sentido de agilidade de serviços e tarefas mais operacionais, mas, ao mesmo tempo, pode refletir uma dependência desses relacionamentos num processo de transhumanização. E isso é perigoso. Pois é a mecanização, a incorporação da robótica nas relações humanas. Essa tendências chama atenção para a necessidade da pós-humanização.
E a Exoconciência no meio de tudo isso?
Lembrando nossa definição de Exoconsciencia, que é a habilidade natural que nós temos de entrar em sintonia, conexão, comunicação e cocriação com seres e humanidades multidimensionais. Veja que isso já não é mais um conceito religioso, é uma habilidade natural. Em maior ou menor grau todos nos somos capazes de entrar em sintonia com outras dimensões.
Seria tipo a mediunidade? Sim e não!
- Sim, porque é uma habilidade natural de sensopecepação e interação, que tem impactos orgânicos, psíquicos e cognitivos, assim como a mediunidade.
- Não, porque não está orientada à expressão religiosa simplesmente. Exoconsciência está ligada ao livre pensamento e espiritualidade, ao empreendedorismo e a inovação. O principal aqui é a cocriação, que é o trabalho lado a lado com seres e humanidades com o objetivo de trazer inovações em meio a todas essas tendências. Aposto minhas fichas de que boa parte de todas essas tendências que vimos aqui são impulsionadas por seres humanos exoconscientes que nem sempre são autoconscientes de sua Exoconsciência. A meditação é uma grande porta para isso.
SoftSkills e a Nova Terra
Como se comportam os profissionais na Nova Terra? Aviso que seguiremos trabalhando, estudando e pagando boletos. E aqui no Círculo recebemos muitas mensagens de pessoas perdidas na profissão.
A ideia de SoftSkilss é uma consequência de toda essas tendências que estamos vendo mapeadas pelo Fórum Econômico Mundial em 2020. SoftSkills são a avaliação daquilo que está para além do técnico. É entender se os profissionais conseguem ser boas pessoas num ambiente de trabalho. Isso nos remete a profundas implicações comportamentais de caráter e postura que, sobretudo, representam valores. E valor não tem preço.
As SoftSkills são só o começo. O futuro do trabalho é exocosnciente.
Porque ninguém sustenta essas habilidades fazendo um curso, mas a partir do reconhecimento do epicentro seu ser. Então você começa a realizar seus valores e um realização com sentido, que te faz surfar nas SoftSkilss.
As Top 10 SoftSkills segundo Fórum Econômico Mundial são.
- Resolução de problemas – Associado ao pensamento crítico, à criatividade e à tomada de decisões.
- Pensamento crítico – O uso da lógica e da racionalização para identificar forças e fraquezas de soluções alternativas, conclusões e abordagens a problemas.
- Criatividade – Ideias inusitadas e inteligentes a fim de desenvolver alternativas criativas para resolver problemas.
- Gestão de pessoas – Capacidade de identificar talentos, motivar e desenvolver pessoas.
- Coordenação – Profissional organizado que não se perde no meio das diversas tarefas e prazos.
- Inteligência emocional – É a gestão adequada das emoções para lidar com muitas pessoas e com diferentes cenários.
- Tomada de decisão – Saber medir as vantagens e desvantagens de cada decisão, bem como acertar em soluções.
- Orientação para servir – Inclinação para ajudar os outros vista como uma habilidade indispensável para realizar trabalhos em que se lida diretamente com os clientes ou entre grupos.
- Negociação – A boa capacidade de negociação dará vantagem no mercado de trabalho, afinal relacionar-se com pessoas é um constante negociar.
- Flexibilidade cognitiva – Capacidade de criar ou usar diferentes conjuntos de regras para combinar ou agrupar coisas de diferentes maneiras, ou seja, adaptar-se às diferentes situações.
O mundo começa a exigir SoftSkills e ninguém sustenta isso sem olhar para si como um ser humano multidimensional.
Cada vez mais vamos apontando para um futuro de cocriação exoconsciente, porque precisamos de soluções que estão para além da realidade onde nos contemos. Por isso, no Instituto de Exoconsciência dos Estados Unidos falamos de empreendedorismo e Exoconsciência e do quanto a noção multidimensional do nosso ser nos coloca um eixo e assim partimos para a realização do que temos de melhor.
Sempre avanti! Che questo è lá cosa piú importante!
Juliano Pozati
Respostas de 3
Olá!!!!
É uma excelente abordagem do tema proposto.
Abraços.
“SoftSkills são a avaliação daquilo que está para além do técnico. É entender se os profissionais conseguem ser boas pessoas num ambiente de trabalho. Isso nos remete a profundas implicações comportamentais de caráter e postura que, sobretudo, representam valores….”
Juliano, você quer dizer aqui que vamos precisar ser mais “civilizados”, ter a técnica da profissão, mas ter também ética e moral? Ter só a técnica não será suficiente né? Teremos que construir relações mais éticas e morais para que possamos evoluir como um todo? Isso significa termos que desconstruir muitas coisas que aprendemos no passado, deixarmos de ser preconceituosos, viver sustentavelmente, etc, etc… para então poder evoluir deixarmos de ser tão primitivos?
Eu sei exatamente o que quero profissionalmente: trabalhar com educação e arte…, mas não consigo sair da “roda de sansara” do mundo corporativo. Fiz licenciatura, cursos diversos, trabalhei um tempo dando aulas de arte, mas calhou de aparecer uma proposta para voltar a trabalhar como designer em empresa e acabei voltando pra essa área. Hoje não me sinto realizada com o que estou fazendo.