Ufologia e o legado brasileiro do General Uchôa

#Acervo

Você tem aqui uma missão: observar, pesquisar, escrever livros e divulgar!” Essas foram as palavras que o General Alfredo Moacyr Uchôa ouviu do Mestre Morya*, que se materializou para ele na noite escura de 1968, na Fazenda de Alexânia (GO). Quem conhece a vida e obra do General Uchôa sabe que essas palavras viraram realidade até seu desencarne, em 1996, e que hoje, boa parte de sua produção intelectual e estudos esotéricos está disponível no Acervo do General Uchôa, aqui no site do Círculo, e nos seus livros publicados.

O Círculo, como detentor e responsável pelo acervo, dá sequência às matérias semanais produzidas com base nos mais de 500 documentos já catalogados. Agora, iniciamos uma nova e breve série, com seis textos sobre a Ufologia, área fascinante em que o General estudou com a seriedade de um homem das ciências exatas que foi. Seu reconhecimento chegou ao ponto de ser chamado, em uma carta encontrada no Acervo, de o “J. A. Hynek Brasileiro”, comparando-o ao astrônomo, professor e ufólogo norte-americano J. Allen Hynek (1910-1986), criador do sistema de classificação de contatos imediatos de 1°, 2° e 3° graus.

Na imprensa de Brasília, onde residia, Uchôa era chamado de “O General das Estrelas” e até em charges e desenhos ele era retratado com bom humor em sua busca. Em 1997, em homenagem após um ano de seu desencarne, uma coluna assinada por Roberto A Beck, do jornal O Garça, também de Brasília, dizia: “ele foi um arquivo ambulante de sabedoria”.

Desenho de 1983.


Juliana Rissardi, Historiadora responsável pelo Acervo do General Uchôa
, está há um ano mergulhada em cada documento, e destaca a relevância de trazer ainda mais luz para o conhecimento produzido pelo mentor do Círculo no campo da Ufologia.

“Nesta série vamos nos aprofundar em um assunto muito importante para a compreensão da Exoconsciência e a quebra dos paradigmas. Desde o início das pesquisas do General, podemos dizer que pouco avançamos em termos de consciência coletiva. Documentos de órgãos oficiais, como Pentágono ou NASA, são pingados a conta gotas publicamente e pouco trazem de novo. Certamente, a opinião do General sobre o atraso nesse campo continua a mesma. Seu olhar trazia perspectivas inovadoras, fugindo da mesmice engessada. Nosso General das estrelas primava pela defesa inquestionável da inseparabilidade do estudo do fenômeno UFO de áreas como parapsicologia, espiritualidade e multidimensionalidade”.

Sabemos que sua missão segue através do hiperespaço e do hipertempo que ele reside. E como bem destacou seu filho, Paulo Uchôa: “divulgar é a palavra que resume a missão, que, em nome dele, agora nos cabe assumir”. Por isso, o Círculo dá continuidade ao seu legado.

Correio Braziliense.

Pensar a Ufologia como pensa General Uchôa é habituar-se a rupturas – novos olhares, novos paradigmas, desconstruir e reconstruir certezas, reformular teorias. É o conjunto interseção entre ciência e espiritualidade que vai trazer não apenas respostas, mas a ampliação da consciência, como bem aponta esse trecho do livro Mergulho no Hiperespaço, que teve sua primeira edição em 1976 e relata do Caso Alexânia, no planalto central brasileiro:

“Não haverá de ser com facilidade que se aceite o que agride, o que contraria todas as convicções científicas. Essas convicções, uma vez inseridas em nós, em nossa plena consciência, dificilmente se removerão, quando verificarmos que qualquer reformulação significaria a queda, a transformação total de toda a base conceitual em que se fundamenta o nosso próprio conhecimento científico. Seria necessário reformular tudo. (…) Esse, aliás, será o caminho pelo qual, mais à frente, poderá o humano vir a compreender melhor e, talvez, com exatidão, como podemos nos deslocar por esses espaços sem fim (…).

“Vocês, terráqueos, não estão sós nesse caminhar evolutivo. Presenças e olhos atentos de alto porte espiritual (…) rondam vocês. Urge, pois, que jamais sejam vocês próprios conduzidos em um jogo de riscos e enganosos progressos, em que se joguem em perdição os elevados destinos que podem e devem realizar…(…)”
Mergulho no Hiperespaço. pág. 73- 128.

No próximo texto da série Ufologia e o General Uchôa vamos abordar a casuística ufológica, o que o General estudou, presenciou, os casos midiáticos e tudo mais que em sua época trazia evidências da realidade extraterrestre.

*Mestre Morya ou Mestre Ascenso El Morya Khan é um espírito ascensionado conhecido por fazer parte da Grande Fraternidade Branca e também por ter sido o Mestre de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), fundadora da Teosofia.



Acesse nossa editoria de conteúdo #AcervoUchôa e leia todas as matérias já produzidas sobre o trabalho no Acervo.

 

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