Terapias Integrativas: Conheça a Medicina Antroposófica

A prática médica que considera as dimensões emocional, mental, espiritual e corpórea do paciente

Começamos hoje em nosso Conteúdo Inteligente para um mundo bem melhor, no canal do YouTube do Círculo, uma série de vídeos sobre Terapias Integrativas. O objetivo é trazer informações científicas e da prática dos profissionais sobre como essas terapias vem contribuindo com a alopatia tradicional. A Medicina Antroposófica é a primeira delas e é uma das tantas já práticas autorizadas pelo Ministério da Saúde no Brasil e utilizada no Sistema Único de Saúde.

A Medicina Antroposófica é uma prática médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. Praticada em mais de 60 países, ela foi desenvolvida na Europa, no início do século XX. Seus fundadores foram a médica, Dra. Ita Wegman, e o filósofo contemporâneo, sistematizador da Antroposofia, Rudolf Steiner.

Em um de seus relatos de pesquisa Rudolf Steiner escreveu: 

“A Antroposofia é um caminho de conhecimento que deseja levar o espiritual da entidade humana para o espiritual do universo. Ela aparece no ser humano como uma necessidade do coração e do sentimento, e deve encontrar sua justificativa no fato de poder proporcionar a satisfação dessa necessidade. A Antroposofia só pode ser reconhecida por uma pessoa que nela encontra aquilo que, a partir de sua sensibilidade, deve buscar. Portanto, somente podem ser antropósofos pessoas que sentem como uma necessidade de vida certas perguntas sobre a essência do ser humano e do universo, assim como se sente fome e sede.”

A Medicina Antroposófica tem uma abordagem centrada no paciente, valoriza sua individualidade e considera as dimensões emocional, mental e espiritual, além da corpórea nos processos de adoecimento.

O médico antroposófico vê o paciente a partir de quatro princípios organizacionais relacionados a 4 corpos:

  • Corpo físico;
  • Corpo Etérico ou Vital:
  • Corpo Astral (corpo anímico ou alma)
  • Organização do Eu (espírito).

O objetivo da terapia é o de restaurar o equilíbrio entre esses quatro princípios quando estiverem desequilibrados. A interação entre esses quatro elementos resulta em três sistemas funcionais: o neurossensorial, o rítmico e o metabólico. Esse sistema triplo engloba o funcionamento estrutural de todo o nosso organismo e se altera conforme a fase da vida que estamos vivendo.

Cada vez que uma nova fase se inicia, o sistema rítmico (“localizado” entre o neurossensorial e o metabólico) cria um novo equilíbrio para nosso organismo, propiciando que essa interação harmoniosa continue. Qualquer desequilíbrio entre a harmonia desses três sistemas faz com que diversos sintomas de doença se apresentem.

A Medicina Antroposófica é diferente de homeopatia; fitoterapia e medicina naturalista, mas o médico pode utilizar de todos esses recursos com o paciente.

No Brasil, a Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (ABMA) é a instituição que congrega os médicos que atuam com essa medicina e é oficialmente responsável pelo ensino, pesquisa e divulgação dessa prática médica.

E como são os remédios?

Os medicamentos antroposóficos são obtidos da natureza, a partir de substâncias minerais, vegetais ou animais. Não há medicamento sintético, embora o médico recorra aos medicamentos alopáticos, quando necessário.

No Brasil, os medicamentos são regulamentados pela ANVISA e a Farmácia Antroposófica é reconhecida pelo Conselho Federal de Farmácia. Os primeiros produtos medicinais antroposóficos datam de 1921, quando o primeiro laboratório farmacêutico foi criado na Suíça.

Na verdade, nem é preciso estar doente para procurar um médico antroposófico. Ele fornece orientações e medicamentos que também auxiliam na prevenção de muitas doenças e na promoção de saúde e bem estar.

Assista também esse conteúdo em vídeo:

Na próxima semana o tema será Fitoterapia.

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