Conteúdo de aula da Dra. Rebecca Hardcastle Wright
Hoje vamos compartilhar sobre o mergulho em si mesmo e como nos tornamos seres exoconscientes. Trago algumas ferramentas, ideias, perspectivas e porque o conhecimento e o autoconhecimento são tão importantes nesse processo de se tornar exoconciente.
A primeira pergunta a ser respondida é: Como eu sei se a minha experiência é verdadeira? E aqui falo de sobre como experimentamos os fenômenos de UFO’s, extraterrestres, avistamento de orbes, anjos, qualquer forma de mediunidade que traga alguma experiência. Quando damos os primeiros passos na prática da espiritualidade e fenômenos paranormais, esses questionamentos surgem. Gradualmente, passamos a ter mais experiências e com a consistência ao longo do tempo adquirimos confiança. Apenas a consistência ao longo do tempo nos traz confiança, em você mesmo e no ser com quem você se comunica.
Outra pergunta é: Como eu sei que meu SELF é real? Se não sabemos quem somos, enquanto SELF/Eu Superior, nunca saberemos quem somos em relação aos extraterrestres ou seres multidimensionais e nem como tornarmos seres humanos exoconscientes.
Se toda sua preocupação é sobre ver um UFO, ter uma experiência, fotografar um orbe ou ver um anjo, se essa foi uma única experiência, isso não é Exoconsciência. Pode até ser o ser o começo de uma nova consciência, mas Exoconsciência é sobre confiar na experiência ao longo do tempo.
Um ser humano exoconsciente não tem apenas uma experiência, mas tem uma vida baseada em experiências, orientada por elas. Isso nos ajuda a entender a realidade a tomar decisões, nos ancora no mundo.
Veremos agora algumas ferramentas que podemos usar para desenvolver confiança em si mesmo. Quando falo sobre resposta ao trauma, eu explico que o trauma encobre nosso sistema neurológico e nosso inconsciente, ficamos presos num ciclo de resposta ao trauma: LUTAR; VOAR; CONGELAR e BAJULAR. Criamos isso continuamente em nossas vidas até que a gente perceba que estamos num carro com piloto automático. Não sabemos quem somos, nem em relação a nós, nem ao outros, e estamos sempre reagindo.
Até o dia em que afirmamos: Eu não vou mais ser e viver sendo definido por minhas reações traumáticas!
Entender os traumas e não ser mais definido por eles nos permite entender e definir o SELF e assim nos tornamos seres exoconscientes. Entramos num tipo de psicologia chamada de “Teoria do Apego” (Attatchment Psicology), desenvolvida por John Bowlby.
Bowlby descobriu em suas pesquisas que do nascimento até os 3 anos de idade o sentimento de segurança da criança no mundo é determinado. Para ele, esse período é a pedra fundamental de segurança para nos sentirmos protegidos no mundo. “Se entendo que o mundo me ataca, eu luto. Se o mundo fizer de mim uma vítima, eu congelo; Se o mundo vai abusar do meu corpo, então eu saio dele; Se o mundo vai ser rude comigo, eu me torno subserviente, para que todos me amem”, explica Rebecca.
O fato é que os pais ou cuidadores dessas crianças têm diversos problemas ao longo desse período até os três anos, que impactam na vida da criança e geram traumas. A partir dessa teoria, o psicólogo Stan Tatkin escreveu o livro Wired for Love: How Understanding Your Partner’s Brain and Attachment Style Can Help You Defuse Conflict and Build a Secure Relationship (em tradução livre – Conectado pelo Amor: Como compreender o cérebro e o estilo de apego do seu parceiro pode ajudá-lo a desativar conflitos e construir uma relação segura), em que ele usa a teoria do apego e descreve quais personalidades vão se desenvolver de zero a três anos como resultado do que acontece nesse período.
Tatkin fala em três perfis:
- Perfil 1 – Âncora – Tiveram um parto fácil, sem complicações; pais financeira e emocionalmente estáveis; vida familiar tranquila num ambiente de amor e aceitação. Eles se sentem seguros e têm a habilidade de ancorar a vida em níveis mais profundos.
Mas, infelizmente nem todos somos âncora, quase todos temos traumas.
- Perfil 2 – Agressivos – Eles escolhem a Luta como resposta e se tornam como ondas, emocionalmente falando; São os causadores de problemas. São pessoas que dizem frases como: “Eu sempre amei você, não acredito que tomou essa decisão”; ou “Ah meu Deus estou muito brava, ferida, com raiva”. Essa pessoa vai para a vida e para os relacionamentos sempre para lutar e causar caos.
O sistema neurológico deles gosta de causar problemas e caos. Para eles, caos é o mesmo que felicidade, é familiar. Muitas vezes são pessoas que não demostram isso em público, são muito agradáveis e felizes, pessoas invejáveis, mas por dentro ou na vida íntima são os verdadeiros causadores de problemas, eles precisam criar ondas emocionais.
- Perfil 3 – Ilhas – A resposta traumática deles é a separação e o isolamento. Uma pessoa ilha poderia ser personificada pela frase “Meu marido trabalha o dia todo, trocamos mensagens, mantemos pouca comunicação…quando ele chega em casa, joga videogame até a gente ir para a cama…”. ou então “Eu trabalho toda a semana, sou muito ocupada, mas no sábado eu e meu parceiro vamos almoçar fora e passear”, porém, na hora H, ela tem uma dor de cabeça e não quer ir. São também pessoas que assistem muita TV, videogames, Netflix, para eles o isolamento é familiar.
Uma das maneiras de começar a se conhecer melhor é reconhecer se em nossos relacionamentos somos pessoas seguras, causadores de problemas, dramáticos ou somos ilha.
Como você está se tratando? Sente-se ancorada e segura? Se aceita e compreende suas experiências? Ou é como uma onda, com altos e baixos emocionais, sempre buscando afirmações? Ou uma ilha e simplesmente sai do ar, nega a realidade?
Ao aprendermos a ser seres exoconscientes nos toramos pais de nós mesmos, nos auto regulamos e não ficamos presos a nossa resposta traumática.
Este é um artigo com conteúdo de uma das aulas da Dra. Rebecca Hardcastle Wright para o curso de Iniciação à Exoconsciência.Matrículas abertas para o curso completo.