Qual a diferença entre Sintonia e Meditação?

Em busca do estado da não-mente

No texto anterior explicamos nosso conceito de Sintonia aqui no Círculo, sua origem e como utilizamos essa predisposição mental na prática em nossas atividades e aulas. E talvez tenha surgido o questionamento: Mas qual a diferença entre Sintonia e Meditação?

Pois bem, vamos olhar agora um pouco para a meditação. São muitas as fontes que podemos recorrer quando falamos em meditação, a maioria delas de origem oriental, em especial da Índia e China, e relacionadas às filosofias da yoga e do budismo. 

Em sânscrito (língua das escrituras sagradas da Índia), a palavra meditação é Dhyāna, que significa “pensar ou refletir”. No português, a palavra meditar vem da raiz latina “meditatum”, que quer dizer “ponderar”, mas o significado mais comum é o do latim “meditare” e significa “estar em seu centro”, “voltar-se para o centro”.

Atualmente, são centenas as técnicas para se chegar ao estado meditativo ensinadas e difundidas em todo o mundo, sejam oriundas de tradições religiosas ou sem nenhum vínculo espiritual. Nas últimas décadas, a ciência voltou seu olhar para essa prática milenar e já são muitos os estudos com base em neurociência revelando os benefícios da meditação para o ser humano. 

Uma rápida pesquisa na internet e você descobre um universo de técnicas, tais como: meditação transcendental; meditação mântrica; meditação zazen; meditação mindfulness; meditação raja yoga; meditação taoísta; meditação ativa; Chi Kun, etc…

Para Denise Datovo, Instrutora de Yoga e Meditação e professora do curso de Iniciação à Exoconsciência, a meditação é “um estado de presença”. E ela explica: 

“A meditação nos tira do lugar do observado, onde nos encontramos a maior parte do tempo, porque os pensamentos chegam e nos identificamos com eles, conversamos como se fossem reais. Já quando passamos a meditar, fica mais fácil perceber quando essas ideias surgem no dia a dia, e isso traz um estado de tranquilidade, de calma, baixando a ansiedade. Você passa a observar seu humor, seus pensamentos, a se conhecer.”

No livro Meditação: a primeira e última liberdade (Rio de Janeiro: Sextante, 2002), Osho fala sobre a visão da não-mente:

“A mente fala o tempo todo. Se esse falatório interno puder ser silenciado, mesmo que durante um único instante, o indivíduo terá uma breve visão da não mente. Esse é o objetivo e a essência da meditação. O estado de não-mente é o estado correto e natural”.

Para muitos mestres, meditar é simplesmente silenciar a mente e deixar os pensamentos passarem como se fossem nuvens no céu, sem se apegar a eles. E daí surge a diferença entre Meditação e Sintonia, que utilizamos aqui no Círculo, já que elas costumam ter um tema, objetivo, música, voz condutora e tempo definido. 

Para nossas mentes ocidentais agitadas e acostumadas a milhares de estímulos, um minuto de meditação real já é um enorme desafio.

Por isso as Sintonias são ferramentas eficazes, pois nos conduzem de uma forma mais didática ao estado meditativo e ainda atuam com o poder da imaginação. A neurociência também já comprovou que o cérebro não diferencia o real do imaginário, produzindo as mesmas sinapses e sensações para o corpo humano. 

Leia também:

Nos próximos artigos vamos abordar:

  • O que é Meditação Guiada?
  • Como praticar Sintonia sem dogmas?
  • Ferramentas para a prática da Sintonia

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