O que é ter uma vida com propósito e sentido?

Autoconhecimento.

Buscar propósito e sentido na vida vem sendo quase um mantra para muita gente. Uma rápida busca na internet mostra que o tema está em debate em todas as áreas, desde quem fala sobre espiritualidade, passando pela filosofia e entrando fortemente no mundo corporativo. 

No entanto, ter propósito e sentido na vida é muito mais do que ter planos, metas ou objetivos a curto, médio e longo prazo. Para Margarete Áquila, psicanalista especializada em neurociência, o caminho é o autoconhecimento. 

“Expandir a consciência é conectar-se ao ser essencial e não à mente egóica. Por isso, a jornada do Ego ao Eu Superior é tão importante. Conhecer o ego, olhar para as sombras, mas ir em busca da essência, não de quem se está, mas de quem se é”, afirma. 

Ao olharmos a formação do nosso cérebro com a ajuda da neurociência vemos que ele foi construído de forma hierárquica. Primeiro, o cérebro reptiliano, baseado na sobrevivência. Nossos ancestrais viviam condicionados pela autoproteção, tinham que lutar muito para ter comida e segurança. Depois vieram as emoções, com o sistema límbico, e, há 50 mil anos, temos o cérebro do Homo-sapiens-sapiens, com o Neocórtex trazendo funções intelectuais superiores.   

Essa formação e o constante estado de descontentamento de algumas pessoas acontece em especial quando o foco está na persona, nas máscaras que desenvolvemos. Passamos a vida criando uma identidade, preocupados com a autorreferência, com a imagem social, com o que vão pensar de nós, tentando ficar no controle. Mas a ciência já prova que quem decide é o inconsciente. E então vem a pergunta, mas não temos livre-arbítrio?

“A sensação de livre-arbítrio é importante para a noção que a pessoa tem sobre si, mas temos que entender que temos uma incompletude das informações. Temos cerca de 100 milissegundos para mudar uma decisão que o inconsciente já tomou. Mesmo pequena, temos condição de livre arbítrio”, explica Margarete.

Coragem, o ponto de virada da evolução

O Dr. David R. Hawkins, psiquiatra norte-americano, foi uma das pessoas que mais se debruçou a desvendar as emoções humanas e como elas se apresentam numa escala evolutiva. Ele desenvolveu a Escala Hawkins, que avalia e ordena emoções desde as mais negativas até as positivas e caracteriza cada estado de consciência.

“A ideia é trabalhar no nível da coragem e ter um turning point (ponto de virada) para ser carregado para outro nível para trabalhar o propósito de maneira muito mais atuante. Quem está na busca do autoconhecimento de verdade, já está nesse nível da coragem”, afirma Margarete.

E aqui falamos de coragem na definição de sua raiz latina “cor”, que significa “coração”. Portanto, ser corajoso significa viver com o coração.

Intenção é a raiz da direção

Viver com intenção é se auto responsabilizar. E aqui algumas atitudes são importantes, como: 

  • Assumir a responsabilidade de formular conscientemente seus próprios objetivos e propósitos;
  • Preocupar-se em identificar os atos necessários para alcançar os objetivos estabelecidos;
  • Monitorar o comportamento para que ele esteja em sintonia com os objetivos estabelecidos;
  • Prestar atenção aos resultados dos próprios atos, para saber se eles levam aonde se quer chegar.

“A questão não é onde eu quero chegar ou o que quero conquistar, mas como eu quero estar. O que eu quero sentir quando chegar lá no que eu estou estipulando, se eu faço isso eu abro o leque do universo”, completa. 

Já pensou nisso? O que você quer sentir quando conquistar aquele diploma, aquela casa ou carro, aquela viagem, aquela cura?


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Uma resposta

  1. Este é, mais um, belíssimo material para estudo, reflexão e aprendizado.
    Sinto-me gratificada, pois sou uma buscadora e amo a experiência do encontro aqui, no Círculo.

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