Sabemos que temos algumas muletas emocionais, que não necessariamente nos ajudam, mas que nos fazem dependentes delas…e quantas vezes já ouvimos (às vezes de nós mesmos) que devíamos largar ela: “isso não te faz bem, te prende, te restringe, você devia abandonar esse vício”, e levante a mão quem mesmo sabendo disso, não se viu usando-a de novo logo depois.
É difícil largar algo no qual você se sente apoiado, seja o que for, bom ou ruim. Minha sugestão (pra mim mesma, inclusive) é: não tire. Não largue, não pare, não abandone. Sim.
Explico: no lugar disso, pense em adicionar. Se a muleta é algo em que nos apoiamos, o fazemos por achar que não teremos segurança e equilíbrio sem ela. Então, encontre e desenvolva outros possíveis pontos de apoio.
Quando você usa a muleta? Quando sente medo? Procure o que te fortalece. O que te faria sentir mais segura, mais confiante? Desenvolva isso.
Ou usa quando sente que não dará conta? Procure ajuda, peça apoio, se organize, respire. Quebre o problema em partes, crie uma sequência e vá passo a passo, sempre de olho apenas no próximo passo.
A muleta representa apenas um ponto de apoio. Se puder respirar, acalmar o coração diante desse medo e adicionar outros pontos de apoio, perceberá que, aos poucos, sua coluna se endireita, ganha firmeza e a confiança de andar esticada, sabendo que o verdadeiro pilar estrutural do seu ser está ali dentro.