Tratar o paciente, e não a doença. É a partir dessa premissa que a Dra. Mônica de Medeiros atua como médica há mais de 30 anos, integra diferentes conhecimentos e entende que Saúde é uma escolha do espírito. A aula magna aberta de seu curso no Círculo foi ao ar em 03 de fevereiro.
Pela definição da Organização Mundial da Saúde, doença é “um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando seu estado normal de saúde”. A Dra. Mônica começou a aula expondo o conceito de doença segundo diferentes correntes:
- Medicina ocidental: baseada no cartesianismo, não aceita como verdade nada que não possa ser provado como tal. Divide o corpo em partes cada vez menores, em busca da cura;
- Escola hipocrática: Hipócrates desenvolveu o modelo com base na teoria dos humores, estabelecendo o conceito homem-meio, onde os 4 elementos estão relacionados com saúde e com doença (caráter empírico-racional);
- Medicina chinesa e hinduísta: saúde é fruto do equilíbrio entre os elementos e os humores do corpo. Quando ocorre um desequilíbrio entre os elementos e o corpo, ocorre a doença;
- Xamanismo (prática mais antiga com registro no mundo): as doenças tanto eram derivadas de causas naturais como provocadas por espíritos (caráter mágico-religioso);
“No meu entender, pecamos quando tratamos a doença. Devíamos estar tratando o doente, assim como é contemplado nas medicinas orientais chinesa e ayurvédica. Por isso, entendo que se juntarmos ao conhecimento cartesiano ocidental todas essas escolas milenares, podemos ampliar nosso campo de visão e de fato tratar o doente”, afirmou.
Célula, um ser inteligente
O estudo da célula é a base para a técnica de cura celular desenvolvida pela Dra. Mônica. Ela explica que a ciência provou que além de um ser inteligente, a célula analisa o microcosmos onde está, seleciona respostas comportamentais adequadas para sobreviver, aprende com a experiência e transmite o conhecimento (memória) para a descendência.
A teoria da memória celular defende a capacidade das células de armazenar costumes, valores e inclinações, tanto quanto os neurônios. Em 2009, Lars Jansen, cientista português e principal investigador do laboratório de mecanismos epigenéticos no Instituto Gulbenkian da Ciência (IGC), ganhou o Prêmio Crioestaminal, com projeto sobre a memória das células.
Já em 2022 o neuroimunologista Paul Pearsall fez uma pesquisa com transplantados e encontrou evidências de “lembranças e mudanças de costumes” nas pessoas que receberam os órgãos, sempre relacionadas aos donos dos órgãos.
“A célula tem capacidade de aprender e aprimorar sua descendência, porque ela quer sobreviver e manter a linhagem. Ela tem respostas adequadas, se adapta para sobreviver e aprende com as vivências. Aqui nasce o trabalho de cura celular”, destaca Dra. Mônica.
ASSISTA À INTEGRA DA AULA MAGNA
E se quiser seguir nessa jornada o curso começa em março: informações completas e matrículas neste link.