“Ih, ó lá o doido…” disse alguém (ou você mesmo!), quando viu aquela pessoa com roupas rasgadas na rua, falando sozinho, gesticulando, mandando tomar no c* 🙂 rs
Mas já parou pra pensar o que todos esses ‘doidos’ na rua têm em comum? Todos são livres para se expressar. Ao ‘doido’ é permitido tudo: gritar sua raiva em público, dançar sozinho, ter altos papos consigo mesmo. Ele(a) é doido(a). Então tudo bem.
Já parou pra pensar nessa liberdade? Eles não devem nada a ninguém, já foram julgados e marginalizados, não tem nada a perder.
Quem NUNCA falou sozinho em casa, levanta a mão! Eu duvido rs. E porque a gente não fala sozinho na rua? Vão nos achar doidos! Já aconteceu de você sair de algum lugar feliz da vida? Talvez tenham te aceito numa vaga, talvez você tenha se matriculado naquele curso que tanto quis, ou mesmo teve um date maravilhoso. E o que a gente faz com essa vontade de sorrir, de gritar, de dançar ali mesmo? Enfiamos no bolso e deixamos para tirar quando chegar em casa. Senão vão nos achar doidos!
E convenhamos, o que as pessoas fazem quando vêem um ‘doido’ na rua? Absolutamente nada. Ninguém chama o camburão do hospício (nem hospício existe mais né!), ninguém vai se dar ao trabalho de ligar pra quem quer que seja. Mas mesmo assim, nos contemos.
Talvez os doidos sejamos nós, que ainda posamos para quem nem está olhando, nos comportamos direitinho diante daquele que nem percebeu que estamos ali.
Minha oferta de hoje é: na(s) próxima(s) vez(es) que esse pensamento te cruzar a cabeça “ih, ó lá, um doido” pense na liberdade desse doido que você gostaria de ter, pense quão incrível seria se você visse chegar o dia em que se permitiria dançar e falar sozinho na rua, porque você assume a doidera que é ser você ❤